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Dos meus bichos de sombra

 

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2010

Ópera Rock baseada no livro “Mão de Moleque”. 

Um álbum conceitual criado a partir de ambientações do livro. Brincadeiras, aventuras, descobertas, perdas, conflitos e a falta de comunicação entre pais e filhos descritas sob o sensível olhar de um menino do interior. 

O CD “dos meus bichos de sombra” traz as participações de Márcio Mallard (cello), Pedro Garcia (bateria), Márcio Iacovo (baixo) e Bebeco (guitarra havaiana).

Uma Casa na Árvore - Silas Rodrigues / Carlos Brandão

Poucas Palavras - Silas Rodrigues

Ainda Sobre o Silêncio - Silas Rodrigues / Carlos Brandão

Como uma Pipa no Céu - Silas Rodrigues / Raimundo Alberto

Goitacá - Daniel Fernandes / Silas Rodrigues

 A Cobra - Silas Rodrigues

Um Menino, Uma Estrela - Silas Rodrigues

Na Sala de Jantar - Silas Rodrigues

O Cigano e o Tempo - Silas Rodrigues / Raimundo Alberto

Rostos ao Vento - Silas Rodrigues

 Metrópole - Silas Rodrigues (com Dj Babão e Mc Aori)

Uma Casa na Árvore II - Silas Rodrigues (cello: Márcio Mallard)    

1. Uma Casa na Árvore

Silas Rodrigues / Carlos Brandão

 

Uma casa na árvore

E os meninos brincando

E os meninos voando

Por prazer,  por prazer!

 

Uma casa no mundo

E os meninos pra sempre

Uma casa no mundo

E os meninos sorrindo outra vez

 

Era um doce universo

Era um sonho bonito

 

E poetas diversos

Fazem eternos versos

Criam frágeis histórias

Quem as lê?

 

Uma casa na árvore

E uns meninos brincando

Uns meninos voando

Outra vez por prazer (outra vez / outra vez)

 

Voz, guitarras, violão e programação:
Silas Rodrigues

Voz: Miria Castro e Sérgio Dias 

 

 

 

3.  Ainda Sobre o Silêncio

Silas Rodrigues                                         

 

Há entre as pessoas

Uma distância pouca

Há calado nas bocas

Tanta coisa ainda pro dizer

 

E a gente nem sabe

Disso que a gente guarda

Isso que é tão bonito

O que a gente por medo

Faz ficar sem sentido

 

Por que calar palavras

Que o coração quer dizer

Há tanta vida solta

E a gente fica a se esconder assim

 

E a gente nem sabe

Disso que a gente guarda

Isso que é tão bonito

O que a gente por medo

Faz ficar sem sentido

 

Voz, guitarras, violões, programação:
Silas Rodrigues

Baixo: Márcio Lácovo

Cello: Márcio Mallard

Bateria: Pedro Garcia 

 

 

 

5. Goitacá (o Cão e o Menino)

Daniel Fernandes / Silas Rodrigues

 

O cheiro como companhia

Canto calado, brincadeira de quintal

Juras de amor, riscos, dentes na pele

Alegria e dor

 

O menino na escola

Decora fórmula do saber

Do lado de fora, o amigo espera, espera, espera...

Se preciso for, até morrer

 

Do outro lado da janela

Tatu, borboleta, passarinho

Lembranças, latidos 

Incolores dias lindos 

 

Um dia o Cão se foi, de repente ele se foi...

Diz que num roda moinho, sozinho, Menino, caminho

O olhar molhado a esperar

Quem nunca mais voltaria

E deixou só,

O risco na pele,

O cheiro como companhia

 

Voz, violão e percussão: Silas Rodrigues

Baixo: Márcio Lácovo

Palmas: Márcio Lácovo, Vilma Valério e Miria

 

 

 

7. Um menino, uma estrela (Morte no rio)

Silas Rodrigues

 

Fim de semana no interior

Meninos saem para pescar

Não querem que o tempo passe

O rio é dos meninos

Peixe já não há

 

Luz nas frestas das folhas

Desenhos de sombras

A água arrepia e refresca a tarde

 

Pulam no rio mais uma vez

Que peixe nadaria em redemoinho?

Nado solto, mergulham outra vez

Não vêem o tempo passar

 

A noite chegou, levou o menino

Cadê o amigo? Cadê o irmão?

Uh! Pedras de rio

Uh! Fundo de rio (o menino é o rio)

Uh! Um menino, uma estrela

 

Voz, violões, guitarras, programação e agogô: Silas Rodrigues

Baixo: Márcio Lácovo

Bateria: Pedro Garcia

Coro: Nayana Torres e Miria

 

 

 

9. O Cigano e o tempo

Rodrigues / Raimundo Alberto

 

Em seu pequeno armazém

Com olhos secos                     

E coração molhado      

No atacado ou varejo,

Que mistérios pretendia vender 

O velho Cigano?         

 

Entre anéis de metal, 

Fumos de cachimbo,

Muitas cruzes na face e no peito,

Vendia apenas o medo

De roubar crianças                     

Embrulhadas em preconceitos          

 

O olhar no vazio,

Um gato dormindo, 

Mercadoria rara.

A longa espera

De quem viria comprar

O seu último alento!

 

De mim nada levou 

O tempo, sim, é um ladrão a esmo! 

Roubou minha infância               

E me tornou cigano de mim mesmo!

E me tornou cigano! 

Me tornou cigano de mim mesmo! 

 

Voz, violões e programação:
Silas Rodrigues

Guitarra havaiana: Bebeco

Baixo: Márcio Lácovo

Bateria: Pedro Garcia

 

 

2. Poucas Palavras (Pai)

Silas Rodrigues

 

Pouco carinho, poucas palavras

Porque tem que ser assim?

Querem se aproximar, mas a distancia...

Porque tem que ser assim?

Os meios justificando o fim

 

Tudo preso na garganta

Tudo preso no olhar

E o beijo no homem e na mulher

Como se pais fossem seus

Como na canção do Gil

Uma inspiração de Deus 

 

Voz, violões, programação: Silas Rodrigues

Baixo: Márcio Lácovo

Bateria: Pedro Garcia

 

 

 

4.  Como uma Pipa no Céu

Silas Rodrigues / Raimundo Alberto

 

Há um tempo na vida

Em que apenas se é

Hoje eu sou tanta coisa

E o que fui, fiz ao léu                                                       

Como uma pipa no céu

 

Dos meus bichos de sombra

Que eu mexia com as mãos

Da bolinha de gude

Que já me fez campeão

Como uma pipa No céu

 

Só resta mesmo a lembrança

De ovos no ninho

Que a chuva não quis levar

E a figurinha do álbum     

Que ainda falta encontrar

Voz, guitarras, violões, programação:
Silas Rodrigues
Baixo: Márcio Lácovo
Cello: Márcio Mallard
Bateria: Pedro Garcia

 

 

 

6. A cobra

Silas Rodrigues

 

A cobra se contorcendo por entre as cordas de um violão

A natureza cobrando o que foi um dia

Sua morada, seu jardim

 

O desejo de matar passa a ser obsessão do homem

Que esmaga a cabeça daquela que ainda poderia

Deslizar por entre frestas

Desfragmentar pensamentos

Precipitar iras e recriar medos

 

Num estado de supremo cansaço a víbora se entrega

Cuspindo a língua em forquilha

Há desdém em seu olhar

 

Voz, guitarras, violões e programação:
Silas Rodrigues

Baixo: Márcio Lácovo

Bateria: Pedro Garcia

Coro: Nayana Torre

 

 

 

8. Na sala de jantar  (Mãe)

Silas Rodrigues

 

Se eu pudesse voltaria no tempo

Pra ver de novo seus olhos

De quem vive a vida buscando algo

Além do que a vista alcança!

 

O amor só existia em novela

Você na tela

Vontade de brincar

Tantos sonhos...

 

Mesmo que o tempo

Queimasse ideais

Sua beleza exalava

Como o cerrado em flor

 

A rotina varria os sonhos

A escorrer dos olhos

O destino lhe fez

Mais um na mesa

Na sala de jantar

 

Voz, violões, programação e percussão:

Silas Rodrigues

Baixo: Márcio Lácovo

Cello: Márcio Mallard

Cuica: Carlinhos Miranda

 

 

 

10. Rostos ao vento

Silas Rodrigues

 

O melhor da vida

Brincadeiras de criança

São pra sempre

 

A chuva caindo sobre a pele

Brincando só como criança consegue

 

Várias cores, mesma tez

A árvore é dos Meninos

Meninos

 

A chuva caindo sobre a pele

Brincando só como criança consegue

 

Noites de chuva

Canções do tempo

Dias de sol

Rostos ao vento

Para sempre...

 

Voz, guitarras e programação:
Silas Rodrigues

Baixo: Márcio Lácovo

Bateria: Pedro Garcia

Coro: Miria 

 

 

 

11. Metrópole

Silas Rodrigues

 

Aço e concreto, linhas retas

Cortando a visão, precisão.

Passos apressados

Atropelando tudo, por nada.

Barulho, ruídos, ranhuras

E o lixo impiedoso

Que não pára de aumentar!

Ar condicionado, terrorismo,

Fanatismo, drogas, televisão,

Academias, manuais, modelos, religião,

Métodos, plástico, plásticas, pichação,

Estresse, medo, conservantes, ansiedade,

Até onde vamos?

 

Dj Babão e Mc Aori 

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